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Azul para menino, rosa para menina

Talvez você nunca tenha parado para pensar nisso, mas afinal de contas, essa distinção faz algum sentido? E qual a origem desta “norma”?


Recentemente a advogada, educadora, pastora e agora Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves disse em um vídeo que “Menino veste azul e menina veste rosa”. O que acabou gerando muitas discussões nas redes sociais.


Este é um estereótipo que está tão enraizado em nossa cultura, que a grande maioria das pessoas ainda o aceitam como verdade absoluta, sem questionar ou entender o porquê. A explicação não está na psicologia e tão pouco na biologia, mas sim no marketing!

Rretrato de Roosevelt com 2 anos de idade

Até o final do século 19, tinturas para roupas eram extremamente caras, e as crianças independente do gênero usavam vestidos brancos até os 6 anos de idade. Sim, isso mesmo que você leu: VESTIDOS BRANCOS, tanto para meninos quanto para meninas. Afinal, crianças, a gente sabe né “espicha de um dia pra outro”. Logo, o mais prático e econômico para a época era botar um vestido branco em toda a criançada. Um outro fator para que as crianças usassem vestidos era a facilidade de cuidar da higiene dos pimpolhos. Inclusive há uma foto de Franklin Roosevelt (que foi presidente dos EUA) com 2 aninhos usando um vestidinho.




As cores rosa e azul e a distinção de gênero


As cores de tons pastéis, principalmente o rosa e o azul, começaram a ser associados à crianças no começo do século 20, pouco antes da 1ª Guerra Mundial. Mas naquela época, não havia uma distinção de cores por gênero. Se hoje o rosa é tido como uma cor feminina e o azul, uma cor masculina, na época, segundo alguns historiadores, era exatamente o contrário: uma publicação da Earsnshaw’s Infants’ Departament em 1918, defendia que rosa deveria ser usado para meninos e azul por meninas e a explicação era a seguinte: o rosa seria uma cor mais “forte e delicada”, uma variação do vermelho que estaria associado ao masculino, já o azul seria uma cor mais “delicada e amável”, logo associada ao feminino.

Em 1927, foi feita uma pesquisa pela Revista Time em várias lojas de departamento nos EUA, e não se chegou a um consenso: três lojas recomendavam rosa para meninos, outras três, para meninas e uma não estava nem ai, pra esta rosa era uma cor para ambos os gêneros, sem distinção.

Foi só a partir dos anos 40, que rosa e azul ganharam o significado que tem hoje. Como estratégia de vendas / marketing, fabricantes e lojistas decidiram que azul era para menino e rosa para menina, com base em suas percepções de preferências dos consumidores norte-americanos. Mas essa dicotomia não era um consenso na sociedade na época. Só vindo a ganhar força e se estabelecer definitivamente nos anos 80, com a popularização dos testes pré-natal, os pais queriam comprar com antecedência as roupinhas para seus futuros filhos e a indústria e o comércio não perdeu tempo e reforçou a distinção de vestimentas das crianças por gênero para venderem mais.


Pense fora da caixa

Essa história de que meninos devem vestir azul e meninas rosa, é um reflexo do viés sexista e machista que a moda perpetuou e perpetua até hoje. Cor de roupa não define sexo, orientação sexual. Aliás, se formos olhar mais a fundo, pesquisar e buscar entender como surgiram essas regras que não fazem nenhum sentido, vamos perceber que tudo é uma construção social, que gera desigualdade, e que principalmente as mulheres acabam sendo as maiores vítimas desta "normatização".


Segregar para lucrar

A humanidade sempre de buscou "segregar" pessoas, seja por gênero, classe social, religião, etc. O marketing carrega uma grande parcela de culpa de se valer disso para gerar lucro sem se preocupar com o ser humano. É uma culpa que o marketing atual convive e de certa forma tenta se redimir, ou está se vendo obrigado (graças à democratização da informação) a se redimir e corrigir suas condutas e estratégias. E mesmo assim, vemos um governo tentando interferir com um discurso travestido de um "combate a um viés ideológico", e que acaba propagando uma ideologia que interfere diretamente nas liberdades individuais, reforçando esteriótipos sexistas.


No final é uma decisão que cabe apenas aos pais

Por fim não há nada errado você vestir sua filha de rosa, ou seu filho de azul, ou da cor que desejar. São seus filhos, e esta decisão cabe única e exclusivamente aos pais / responsáveis. O importe é ter entendimento da origem de certas "verdades" e a partir dai tomar as decisões que estejam alinhadas aos seus valores, porém de forma consciente e que respeite a individualidade de cada criança.


 

Sobre mim

Eu sou Léo Begin  - Consultor de marketing pessoal e personal branding

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Sou formado em TI, com - MBA em Marketing e Negócios e Curso de Branding, Construção Estratégica de Marcas - Marketing Digital

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